terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Retaliação

Sangue  se paga com sangue!

O profeta veio ao mundo  impor a sua fraca doutrina,iludindo os covardes:
"Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses;"
Mas eu cresci acreditando que Sathanas,o opositor sábio, é o dono da verdade
Pois ele nos ensinou que vingança na verdade se chama Justiça!

Sangue  se paga com sangue 

Dente por dente,olho por olho: Esta é a lei,esta é a resposta
Para um profeta mentiroso,senhor dos covardes
O inimigo deve sim,ser destruído e sem piedade.

O fogo do inferno está em nossas mãos
A justiça tem que ser feita pelas próprias mãos,
O inferno é aqui,é agora,é nossa justiça aqui na Terra.

Lágrimas de sangue

Toda dor,todo sofrimento
se  transformarão em   pragas,misérias e desgraças aos que nos causaram mal.
Sangue se paga com sangue
Dor se paga com dor
Fogo se paga com fogo
A morte e destruição é o preço da guerra
Morte por morte!


By Willian Daniel Machado

Todos os direitos reservados.



quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Atirei o pau no gato...Mas o gato não morreu...

       
 Dona Laura não se dava bem com a sua vizinha, D. Francisca,mais conhecida como Dona Chica,como era carinhosamente chamada. E tudo por causa de seus bichinhos de estimação.
          Bartolomeu,o gato preto de D. Chica era severamente hostilizado toda vez que era visto por D.Laura,rondando a frente da sua casa.
         -Maldito gato,um dia eu te mato!Você pensa que vai atacar e comer minha sabiá e meus canarinhos do reino?Pois eu te mato primeiro bicho do inferno.- E  chinelos,vassouras,qualquer coisa era atirada no gato,que em todas escapava ileso dos ataques raivosos de D. Laura.
          Discussões eram frequentes entre as duas senhoras,mas Bartolomeu continuava suas aparições em área hostil!
           -Eu ainda vou matar esse seu gato...-Dizia D.Laura à sua vizinha.
           -Olha aqui,se acontecer alguma coisa com meu gato...eu juro por meu filho que está com Deus,que eu mato a senhora...Meu filho amava esse gato desde  filhotinho,não seja louca de fazer alguma maldade com meu gatinho.A senhora tá avisada!-ameaçou  certa vez D. Chica,que acariciava  o gato Bartolomeu em seus braços e o tinha como um "filho",lembrança de George, seu filho assassinado a 7 meses atrás por traficantes de drogas.
           -Pois mantenha ele na sua casa. Eu não o quero em meu quintal,rondando a gaiola de meus passarinhos.

           As duas velhas depois das discussões torciam o nariz uma pra outra e em seguida entravam para dentro de suas casa.

            Certa manhã D. Laura, ao ver Bartolomeu bem na porta de sua casa,encolerizada passou a mão em um pedaço de madeira escondido atrás da porta e atirou em direção ao animal. O golpe foi certeiro nas costas do bichano que gemeu e rodopiou no ar.Muito ferido,Bartolomeu ainda encontrou forças para se levantar e sair correndo sem rumo pelas ruas.

             Passaram-se dois dias e nenhum sinal de Bartolomeu. D. Chica ia na casa de D. Laura para tirar satisfações sobre o felino desaparecido,mas simplesmente seus chamados eram ignorados. O portão estava sempre cadeado e o muro era alto.
              Bartolomeu fazia muita falta para D. Chica que derramava lágrimas e mais lágrimas  ao pensar que o pior poderia ter lhe  acontecido: -Onde está você Bartolomeu meu "filho". Aposto que foi aquela velha maldita que fez alguma coisa com você,mas seja o que for,ela ou outra pessoa irá pagar muito,mas muito caro pela sua...morte...


           O bichano finalmente apareceu no terceiro dia após seu sumiço todo  carente de colo,trazendo de volta a alegria na vida de D. Chica!
           Mas uma tragédia mórbida veio  junto com a volta de Bartolomeu para casa.
           D. Laura estava morta! Foi encontrada em cima da cama pela própria filha,que trabalhava fora e só vinha para casa nos finais de semana. Sim...a inimiga de Bartolomeu e de D.Chica estava morta!!
         E que tudo indica fora  atacada  por um animal,talvez um gato...Ela estava com o rosto brutalmente  arranhado e com os dois olhos arrancados e, provavelmente devorados,pois não foi encontrado os olhos em nenhuma parte da casa...
          As gaiolas estavam abertas e espalhadas pelo chão da cozinha.O casal de canarinhos do reino e a sabiá foram atacados e provavelmente devorados pelo mesmo gato que atacou D. Laura.

          No laudo médico constou que ela realmente fora atacada por um gato,mas a causa de sua morte foi parada cardíaca.
                                         ********
            Mais tarde...
           Sentada no sofá da sala e muito pensativa, D. Chica acariciava  Bartolomeu.Por fim, disse carinhosamente olhando para os olhos do bichano:
            -Bartolomeu da mamãe...Será que você teve alguma coisa  a ver com a morte daquela "velha coroca"?

             Ah se gatos pudessem falar...
                             

                                    F I M

terça-feira, 7 de abril de 2015

Trilogia de mini-contos de terror (Parte 1 )

        1 /  O tesão pela vida é algo que morreu e que agora,apodrece dentro de mim. Entendi.Agora tudo faz sentido.Passei  até a ter nojo e desprezo por mim mesmo...Mas estou prestes a fazer o maior investimento de toda minha vida. Isso vai ser  a cura e a libertação para  todas as minhas dores,angústias,fracassos e decepções.É um lindo revólver calibre 38 com uma só bala,única e triunfal...Pois é só uma mesmo que vou precisar.
                                                                                      ***
           2 / Eram 3:30 da manhã. Abri a porta do meu quarto para ir na cozinha beber água e me deparo com minha mãe na porta do meu quarto.Assustado lhe perguntei:
          - O que faz aqui mãe?- Ela me respondeu:
          -Fui beber água na cozinha e passando pela porta do seu quarto ouvi uns gemidos...quem é a moça que está com você aí?
          -Mas que moça mãe?
          Minha mãe adentrou meu quarto assustada, procurando "a tal " moça,olhando debaixo da cama e dentro do guarda roupas.
           -Desculpe meu filho,mas vi uma moça nua  e de cabelos longos em cima de você,quando olhava pela fechadura da porta.Mil desculpas meu filho,sei que não deveria ter feito isso.Vou voltar a dormir...Boa noite!
           Fiquei sem palavras,perplexo...enquanto ela me beijava o rosto e retornava para seu quarto.
           Não havia nenhuma mulher comigo. Segundos depois da minha mãe sair,senti um arrepio e uma suave excitação; e um perfume maravilhoso e feminino envolveu o ambiente. Era o mesmo que me enlouquecia   minutos antes quando me masturbava,"sozinho" na minha cama,enquanto minha mãe me espiava pelo buraco da fechadura da porta!
         
                                                                                    ***

            3 /  Scooby era meu melhor amigo,e sem ser muito  exagerado,era o único em quem podia confiar.Porém,naquela triste e maldita manhã de segunda-feira,tinha acordado tarde e estava muito atrasado para o trabalho.Despedi do meu amigo,abri o portão,entrei no carro e dei marcha-ré...A pressa....maldita pressa...Acabei atropelando meu amigo.Esmaguei sua cabeça...
                   Naquele dia não pude ir trabalhar ,pois a dor por ter matado meu amigo, dilacerava meu peito. Segunda-feira cinzenta,de muitas lágrimas.Sozinho e arrasado fiz o funeral dele a noite,no quintal da minha casa.
                   Sem ânimo,na terça-feira eu fui trabalhar.Expliquei a situação para o meu chefe,que riu e me chamou de incompetente e vagabundo,por ter faltado ao trabalho por causa da morte de um cachorro.Discutimos por alguns minutos e cego de raiva dei-lhe um soco.Com a violência do golpe,ele caiu e bateu a cabeça. O maldito teve traumatismo craniano e morreu a caminho do hospital.Perdi o emprego e minha liberdade por isso,pois aqui estou eu,preso.
                                           
                                                                                     ***

Autor: Willian D. Machado

               
                 
                 
                 
             

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Amor de mãe

"Você é tão bela,tão sexy,tão minha agora..

Quando você acordar,não se lembrará de nada,mas este precioso momento vai estar na minha mente para todo o sempre!

Todo meu tesão será saciado,meu sangue ferve,minha mente pervertida  domina meus instintos de homem,meu coração está acelerado,o momento é único,meu suor escorre pelo meu corpo que exala meu cheiro de macho,que você irá sentir,inconsciente disso tudo...

Meu pênis pulsa,ele está rígido e no ponto máximo.

Minhas mãos percorrem teu corpo,e minha língua desliza pelos mamilos de seus seios,que me alimentaram até os meus dois anos de idade.Foi aqui que saiu o alimento que me fez crescer e me tornar um homem saudável e viril que sou hoje.

Me beije mamãe...preciso de seu beijo e do calor de seu corpo...

O cheiro da sua vagina indicam que nesta noite você fez amor com papai,mas eu não me importo,pois foi o esperma dele que num ato de amor e tesão,faria com que nove meses depois eu viesse a ver a luz desse mundo...bom...foi o esperma dele né mamãe?

Minha língua desliza gostoso pelo seu grelinho...

Agora sinta meu tesão,veja que grande e grosso ele se tornou! Que delícia...Minha alma irá queimar no inferno,mas antes quero me queimar nas chamas vivas do prazer de seu corpo ...mamãe!!!"


                                                                 ****************


  Eu entorpeci minha mãe com uma dose alta de tranquilizante,naquela manhã, e fiz sexo com ela drogada.Mas o que eu não esperava é que aquela dose imprudente fosse fatal para ela,vindo minha querida mãe,Sônia de 45 anos,falecer ainda em meus braços.Ela teve parada cardio-respiratória quando eu gozava pela segunda vez,dentro de sua deliciosa buceta...


    Desespero...


    Eu não sabia o que fazer...


    Tinha muito tesão pela minha  própria mãe. Meu desejo,aos 17 anos, se  realizou,mas teve  uma consequência fatal.Lágrimas,desespero,culpa,arrependimento e o pior de todos os castigos que um ser humano pode enfrentar: O sabor amargo do REMORSO.


    O corpo de minha mãe ali, inerte sobre a cama.Sem vida...


    O que fazer?


    Em lágrimas e paralisado,fito os olhos dela,arregalados para o nada.-Me perdoe mãe!

Me perdoe mamãe...--O desespero toma conta de mimpeguei nos braços e fiquei longos minutos chorando com ela em meu peito.As lembranças de quando eu era uma criança,os carinhos que ela me dava,tudo...Seu sorriso...Sua luta para me dar o melhor possível...E agora? Eu a matei,depois de ter feito sexo com ela dopada...


      

  De repente sinto  um toque gelado em minhas costas que  fez todo meu corpo se arrepiar.Muito assustado e em choque me viro  para trás e não acreditei no que meus olhos viam. Por um instante acreditei que fosse um terrível pesadelo tudo aquilo que estava se passando comigo,e que eu precisava acordar...Mas não,era tudo real...Sim...Para minha desgraça tudo era realidade,não era pesadelo. Toda de branco ali estava,flutuando no ar envolta de uma forte luz,o espírito da minha mãe! Com ternura ela me disse:

   -Eu lhe dou o meu perdão meu filho,pois eu o amo muito.Vista meu corpo e coloque os remédios ao meu lado.Não quero que sofra nas mãos da justiça humana e da fúria de seu pai,que está chegando.Saia de casa,assim todos irão crer que eu cometi suicídio...Mas infelizmente meu filho,não vou poder te proteger das leis de Deus.Adeus meu filho,preciso seguir minha jornada...O anjo da morte está me chamando...


    A aparição foi muito rápida. Em seguida ela desapareceu,e rapidamente e em prantos ,executei o que o espírito de minha  mãe me mandara fazer.




                                                                       *********************


    Saí pelos fundos e sem rumo,disfarçando minha dor das pessoas que encontrava pelas ruas. Sentei debaixo de uma árvore e 20 minutos depois meu celular toca.É meu pai.

    A indecisão de atender ou fugir.Trêmulo atendi o celular apenas na terceira chamada.

    -Alô,pai...

    -Filho...pelo amor de deus,venha pra casa agora...Sua mãe cometeu suicídio... 



                                                               FIM




AUTOR:WILLIAN DANIEL MACHADO

19/06/2014





                                                                   


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A premonição das gêmeas ( nova versão)

 As irmãs Jessica e Elisa,ambas de 9 anos, assistem TV na sala,enquanto a mãe prepara o jantar na cozinha.Jessica,muito pensativa,por fim pergunta a irmã:  
__Elisa, por que será que papai quase todo dia chega bêbado em casa?
   __Eu acho que ele não gosta da gente. Na verdade eu queria que mamãe se separasse dele...eu odeio ele....
   __Odiar eu não sei, mas quando ele chega em casa, fico morrendo de medo dele acabar matando a mamãe...
   __Um dia eu ouvi ele dizendo, que mamãe era uma vagabunda suja , e que nós não somos filhas dele...
   __Quando isso Elisa??    __Você estava dormindo, quando papai chegou gritando com a mamãe...Levantei e fui até a porta e ouvi tudo...ele disse coisas horríveis para a mamãe. Depois ela começou à chorar e implorou  que não era verdade, que nós éramos filhas dele sim...de repente eu ouvi o barulho de um tapa e fui até o corredor espiar, e vi mamãe de joelhos no chão chorando e nosso pai dizia__Eu ainda te mato sua vagabunda....
   __E você, por que não me chamou?
   __Tive vontade de pegar uma faca e matar ele, vim correndo para o quarto. Depois mamãe veio até nosso quarto, trancou a porta e dormiu com a gente...
    Depois de um breve silêncio, Elisa comenta:
   __Gostaria que nossa família fosse como as outras...Com papai nos levando para passear, rindo com a gente.....Amor familiar...mas infelizmente o que nós sentimos por ele é ódio...
   __Mas acho que mamãe mesmo assim gosta dele...
   __Esse homem está se transformando em um verdadeiro monstro..lembra o que ele fez com a Fifi? __Fifi era a cadelinha de estimação delas__Matou ela á pontapés...imagina a dor dela__Nisso Jéssica começa á chorar, sendo imediatamente consolada por Elisa__Não chore minha irmãzinha, Fifi está lá no céu dos animais...ela deve estar muito feliz agora, e quem maltrata animaizinhos indefesos , sempre pagam por seus pecados aqui na Terra, ou morrem de uma forma horrível...
   __Preciso te confessar uma coisa...__disse Jessica, recuperando-se  das dolorosas lembranças__Mas não conte para a mamãe isso, você promete?
   __Claro , isto ficará só entre a gente..fale!__Respondeu Elisa , abraçando carinhosamente sua irmã.
   __Um dia eu fui ao banheiro , e não percebi que nosso pai estava lá, pois a porta estava meio aberta e imaginei que não havia ninguém lá, mas nosso pai estava lá...
   __Continue, a culpa foi dele , de não fechar a porta...
   __Mas ele estava com as calças abaixadas e com o seu ....seu...__Jessica se referia ao órgão genital de seu pai.
   __Já sei , já entendi, continue...
   __Ele o segurava na mão...estava grande e dele saía um negócio branco...
   __Que nojo...e depois?
   __Ele olhou para mim com aquela coisa melecando a mão e disse:__Será que foi essa mesma porra que fez você e sua irmã no maldito ventre da vagabunda da sua mãe?__Ele estava com os olhos meio vermelhos e suava muito. Saí correndo, e ele começou á rir. Fui para o fundo do quintal onde você e Fifi estavam e continuamos á brincar....Não tive coragem de te contar, imagina contar isso para a mamãe...
  __Que horror! Maldito seja esse monstro!
  __Eu acho que nosso pai é possuído por algum demônio!!__Opinou Jessica__Vamos desenhar como poderia ser a morte dele?
  __Que sinistro, mas gostei da idéia! Vamos começar então..__Respondeu Elisa, que rapidamente se levanta e pega duas novas cartolinas 50 x 50 cm e começam desenhar!

  __Jessica...
  __Sim querida irmã!__respondeu carinhosamente Elisa.
  __Por que será que mamãe não denuncia nosso pai para ir preso? Existe A lei Maria Da Penha, -(que foi e sempre será uma grande conquista das mulheres brasileiras!-) Mamãe já deve ter apanhado uma meia dúzia de vezes, numa dessas, ela pode ser assassinada por aquele monstro!
  __Ele odeia todos nós. Será que é por que somos ruivas e não morenas como ele? Mas mamãe também é morena!
  __Isso não tem nada á ver! Talvez herdamos isso de antepassados muito distantes...Esqueceu que mamãe nos contou que foi adotada, quando tinha um mês de vida, e que nunca conheceu seus pais verdadeiros?__explicou Elisa.
  O pai das meninas além de se afundar na bebida e de agredir constantemente sua esposa, física e verbalmente, sofria já á alguns anos com a dúvida de que as meninas não eram suas filhas de sangue, após ter descoberto que sua esposa tinha um caso antigo com seu ex patrão , que era ruivo. Era uma família feliz, mas após a descoberta da traição de sua esposa, a dúvida o atormentava cada dia mais e mais. Até por volta dos 6 anos, as meninas tinham o carinho do pai, mas com a descoberta da traição, todo o encanto de pai e filhas...acabou como se nunca tivesse existido!!
   Ódio. Era o que as meninas gêmeas sentiam pelo pai!
   Dez minutos depois Jessica diz:
   __Terminei meu desenho.
   Elisa respondeu:
   __Eu também terminei o meu, o que você desenhou?
   __Eu desenhei um carro em chamas,após bater numa árvore e explodir...e adivinha quem estava nele?-respondeu Jessica numa frieza desafiadora.
   __E eu, um caixão...(risos) E adivinha quem está nele? (mais risos) 
   
  Logo em seguida,a mãe das meninas entra na sala e diz:

   __ Vem meus amores, o jantar está pronto!

                                                                            * * *

   Aqueles desenhos sinistros previam uma tragédia e naquele instante,como diz um velho ditado popular,"os anjos haviam dito amém".Uma maldição,premonição ou coincidência,no dia seguinte Pedro, o pai das gêmeas, morre em um acidente quando voltava da casa de sua amante, que morava na cidade vizinha.
   O desrespeito a sinalização e aos limites de velocidade aliados a bebida, foram fatores importantes que levaram Pedro a perder o controle do carro em uma curva perigosa e colidir-se violentamente contra uma árvore,vindo a morrer carbonizado,após o carro explodir.


                                                                           F . I . M  




AUTOR: WILLIAN DANIEL MACHADO
DATA: 16/12/2012
TERROR,SEXO E BLACK METAL

domingo, 3 de novembro de 2013

Apodrecendo!




                   As dores do mundo                
                desgraças que deus criou.
              Sua alma era refém da sua própria mente perturbada
             E no silêncio do escuro, só ele sabia a guerra que existia dentro de sua mente.


      Nas penumbras de seu quarto, seu universo paralelo
     Sua mente conspirava sua própria derrota.
     Ele caminha para o seu próprio fim
    Mas há muito tempo, ele já estava derrotado... morto! Morto, mas rejeitado pelo anjo da morte!




                      Sua dor e sua agonia, já haviam se tornado um vício.
                      Só uma coisa lhe interessava,
                      Só uma coisa poderia lhe dar a suposta paz,
                      Só uma coisa triunfaria,
                      O beijo da morte, com seus lábios frios e espectrais! 



Seu mundo estava escurecendo,
seu mundo de tristezas, fraquezas, decepções e insanidades iam se despedindo da luz do sol,
que há muito tempo já havia deixado de existir.
O amanhecer já não lhe trazia esperanças, mas seria palco de sua eterna derrota!   




No escuro ele esconde sua dor,
Que lhe tortura, que lhe esconde do mundo.
Ele vê a morte como algo belo, libertador
E enquanto ele padece, a esperança ainda fortalece o mundo que não para de girar!



  


    O cheiro insuportável de decomposição, e o horror dos vizinhos curiosos ao encontrarem seu corpo apodrecendo,refém da implacável ação dos vermes necrófagos.

    Amarildo cortou os pulsos com uma lâmina de barbear, após ter ingerido uma grande quantidade de sedativos fortes.

    Sua mãe foi comunicada e ao ver o filho(que morava sozinho numa humilde casa de aluguel) naquela situação,sentiu-se o mais desprezível de todos os seres humanos, por não ser capaz de fazer o filho ver o mundo com outras perspectivas. Derrotada na missão de salvar o próprio fruto de seu ventre,que sofria na escuridão,de um inferno criado pela própria sociedade ignorante e hipócrita,que na qual ela também fazia parte.

   As lágrimas da sua mãe caem sobre seu cadáver pútrido, encontrado cinco dias depois do beijo definitivo da morte. Mesmo em avançado estado de decomposição,ela lhe abraçou forte,sem se importar com os vermes,afinal aquele abraço poderia ter sido a solução ,mas foi dado tarde demais!

    -Me perdoe meu filho! Agora é tarde demais, mas receba minha benção!

    As pessoas que presenciavam aquela cena chocante de filho suicida em decomposição e mãe arrependida ficaram emocionadas.
    Mas o horror que eles iriam presenciar, jamais eles iam esquecer. Uma voz rouca,distorcida e agonizante proferidas pelo cadáver fez o sangue de todos congelar.

   -Mamãe... estou sofrendo ...aprisionado neste corpo...não consigo me libertar...a dor que estou sentindo é inexplicável...meu corpo é minha ...prisão...orem  por minha alma...socorro,eu estou no inferno...!Aaarrrrghhhhh...-Foram suas últimas palavras,ditas post mortem.

   Ela  deu-lhe  a benção e o último beijo.

   As pessoas ali presentes não conseguiam acreditar no que acabavam de ver e ouvir.Foi tudo muito estranho e tenebroso e Dolores foi amparada e retirada da presença do cadáver,que teria que ser removido pelos agentes do necrotério. O cadáver exalava miasma que era sentido no quarteirão inteiro,causando desconforto aos pedestres que por ali passavam ou moravam.

   Como Amarildo estava em avançado estado de decomposição, ele teria que ser sepultado no mesmo dia e a noite se aproximava.

    O funeral foi realizado às dez horas da noite e apenas sua mãe, dois tios, seu pai que era separado de sua mãe, o atual marido dela, dois amigos de infância e o coveiro fizeram parte do cortejo fúnebre.

   Como os procedimentos fúnebres foram feitos as pressas, o corpo teria que ser enterrado no mesmo jazigo,onde sua avó havia sido sepultada a sete anos atrás.

    O silêncio noturno e mórbido do cemitério foi quebrado pelas batidas da marreta, que o coveiro utilizou para remover a entrada do túmulo. O pai de Amarildo,continha as lágrimas e  segurava a lanterna de luz forte,para que o coveiro removesse a ossada de Valentina,sua mãe.

     Os ossos iam sendo colocados em um saco e os cabelos longos e brancos da avó de Amarildo, ainda estavam intactos. O ruído de ossos sendo colocados no saco fazia aquelas pessoas refletirem sentimentos de que não somos nada neste mundo de ilusões.

    Imagens de quando seu filho era um bebê, a primeira palavra-Mamã-, os primeiros passos, o primeiro dentinho, a primeira palmada, a escolinha, adolescência conturbada, brigas constantes, as discussões, preconceitos e o pior: o abandono familiar, que fatalisou na derrota chamada suicídio. Tudo passou como um filme na mente de Dolores,de uma vida de brigas e ignorâncias,que terminava ali,no último tijolo colocado na entrada do túmulo!

     Moacir comentou discretamente para Rogério,quando todos já estavam indo embora:
     
      -Eu poderia jurar que ouvi o cadáver de Amarildo dizer alguma coisa dentro daquele caixão lacrado...Ou estou ouvindo coisas! Vamos embora logo,este cemitério a noite é sinistro!

      -Eu também ouvi!Fiquei todo arrepiado e confuso...-(Ambos eram amigos de infância do suicida)- Que a alma de Amarildo descanse e encontre a paz no outro lado!



                                                                  F.I.M.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Minha nova amiga ( nova versão)

     Thays brincava sozinha com sua boneca nos fundos do quintal de sua casa, recém-comprada pelos seus pais. 
    O vento repentino esvoaça seus cabelos longos de cachinhos dourados, quando uma menina da sua idade aparece e lhe diz:
    -Oi!_Thays, assustada responde:
    -Olá, quem é você?
    -Somos vizinhas agora, seja bem vinda.
    -Hum... Como você se chama?
    -Eu me chamo Simone, e você?
    -Thays! Quer brincar comigo?
    -Sim. –E direcionando o olhar para o balanço, na árvore do vasto quintal da casa de Thays, propôs: - Vamos brincar no balanço?
    -Vamos... que legal! – respondeu Thays com enorme alegria. Animadas, as duas meninas correm para o brinquedo.
    -Eu empurro você. –disse Simone
     -Tá bom, bem alto hein.
     Com alegria, as duas meninas brincam e meia hora depois, a mãe de Thays a chama para almoçar:
     -Thays, vem almoçar filha! – e vindo em direção à menina, a mãe continua- Como você está alegre, parecia que estava brincando com mais meninas!
     E diminuindo a força do balanço até parar, Thays respondeu:
    -Estou brincando com Simone, minha nova amiguinha e vizinha nossa._Ela olha ao seu redor, mas não vê sua amiga.-Ué,cadê ela? Ela estava aqui brincando comigo!
    -Talvez ela foi embora sem você perceber! Olha o buraco na cerca.
    -Que estranho! Olha o arquinho dela ali, ela deixou cair.

    Depois do almoço, a mãe de Thays, vai à casa vizinha, para devolver o arquinho de Simone e é claro, fazer amizade com a mãe da menina. Ela bate palmas e uma mulher aparentando uns 40 anos aparece na janela.
    -Sim, em que posso ajudar?
    -Ah, olá! Sou sua nova vizinha, me chamo Andreia e, minha filha estava brincando com sua filha hoje de manhã e deixou cair o arquinho dela lá no quintal e vim devolver...
    -Com minha filha? Mas como? –Ela sai da janela e abre a porta, para atender Andreia no portão. -Onde está sua filha?- Algumas lágrimas brotam de seu rosto.
    -Bom... ela está em casa assistindo TV.
    -Então dona Andreia, eu me chamo Maria, muito prazer e seja bem vinda. Não sei como isso foi possível, mas... - ela começa a chorar.
    -Calma, o que houve?
    Mais calma, ela por fim responde:
    -Minha filha de 8 anos... morreu à 3 anos!
    -Desculpe, eu... eu sinto muito, mas foi minha filha quem disse que brincou com ela de manhã, no balanço!
    -Tudo bem, vamos até sua casa, eu preciso mesmo conversar com alguém. -e chegando a casa, Andreia diz:
    -Pode entrar, vamos até a cozinha.
    -Com licença.
    -À vontade!
    Thays vem até a cozinha, dizendo:
    -Mamãe, Simone veio assistir TV comigo.
    Ao ouvir a pequena menina de nove anos, d.Maria quase teve um ``treco. Percebendo isso, Andreia a ajuda,segurando-a. _Calma! –E dirigindo-se para Thays, ela diz: -Filha, pegue um copo com água, rápido!
    Recuperando-se do choque emocional, ela pergunta a Thays:
    -Você disse que minha filha está lá na sala?
    -Sim, e ela disse que ama muito a senhora!
    As duas mães, confusas, vão até a sala. Seus olhos caminham por  todo o interior do recinto na esperança de encontrar o fantasma da menina morta,que com toda inocência de criança,Thays afirmava ter tido contato duas vezes naquele dia.A porta e a janela estavam trancadas e na TV passava o desenho clássico do Pica-pau,mas Simone não estava lá.A sala estava mais fria que os outros cômodos da casa e uma aura estranha dominava aquele recinto,causando estranhas sensações e arrepios nas duas mães.
    Alguma coisa teria que ser feita e Thays não estava mentindo. As duas mães acreditavam na menina,sem mesmo ter presenciado a suposta aparição e naquele mesmo dia saíram a procura de alguém que entendesse do assunto,talvez um padre ou alguém aprofundado no espiritismo, para poder ajudá-las.
    Enquanto as mães conversavam com o padre nos fundos da igreja, Thays ficou sozinha, sentada em um dos bancos, quando o fantasma de Simone senta ao seu lado:
    -Oi Thays!
    -Oi amiguinha. É verdade que você já morreu?-perguntou Thays com um pouco de medo.
    -Sim, mas eu não vou lhe fazer nenhum mau, fique tranqüila!-respondeu com doçura angelical, a finada Simone.
     -Mas por que você está fazendo isso? Fantasmas assustam e eu agora estou com um pouco de medo de você... e nossas mães estão conversando com o padre...acho que elas não querem que você fique aparecendo para mim...
     -Você acha que se eu fosse um fantasma do mal, estaria dentro de uma igreja?
     -Acho que não. -comentou Thays,paralisada de medo,com a situação em que se encontrava:conversando com um fantasma,ou talvez um anjo...
     -Então, diga pra minha mamãe, que eu amo muito ela e que eu não vou mais ficar aparecendo pra você. É a última vez,palavrinha de anjo,tá?
     -Mas por que você não aparece para ela?-indagou Thays, agora mais calma.
     -Ela não suportaria me ver e passaria muito mau, e eu não quero fazer mal algum pra minha mãe e para ninguém!Faça o que eu te disse. Eles estão vindo,tchau amiguinha.
     -Adeus Simone!
     O padre veio conversar com a menina, que contou todos os detalhes até a mais recente aparição, ali dentro da igreja.
     O padre,por fim concluiu o óbvio: “Assim como demônios; anjos também caminham sobre a face da Terra”
     A menina nunca mais apareceu, mas sempre visitava os sonhos de sua mãe e de Thays!
    
                                                              FIM

AUTOR: WILLIAN DANIEL MACHADO

DATA: 24/04/2013

domingo, 13 de outubro de 2013

Sexta-feira 13

  Sempre algo desagradável acontecia com Alex desde os seus longínquos 13 anos de idade quando, em uma sexta feira 13, torceu e quebrou o pé em um jogo treino, que o impossibilitou de disputar o tão sonhado campeonato municipal, que poderia lhe render uma vaga em grandes clubes futebolísticos, pois literalmente, este torneio estaria “coalhado” de olheiros, que estariam nas arquibancadas analisando futuros talentos para campeonatos juvenis, porta de entrada rumo à carreira profissional de jogador de futebol. Depois disso, ele desistiu de ser jogador profissional.
  Na sua coleção de sextas feiras 13 azaradas, ainda incluíam fatos como a morte de seu pai por infarto agudo do miocárdio (parada cardíaca), perda de carteira contendo documentos e salário do mês todo, queda de um disco de vinil raro e caro do Black Sabbath (banda pioneira de Heavy Metal) que no acidente se dividiu em meia dúzia de pedaços (!...), e até uma queda de bicicleta ocasionada justamente por um gato preto, sim isso mesmo, que atravessou bruscamente na sua frente ao descer uma ladeira!!!
  Não foram em todas as sextas feiras 13 que aconteceram coisas ruins, pois por medo e superstições, Alex passou a levar mais a sério esta data e ter atenção redobrada e delicada em tudo que fizesse neste dia. Deixar de fazer várias coisas,desmarcar compromissos e pedir a benção especial de sua mãe,pois acreditava mais no poder da benção e palavras de sua mãe,do que nas palavras da bíblia e todas essas coisas de religião.
   Alex tinha péssimas lembranças de sextas feiras 13 e o temido dia havia chegado de novo. Alex gosava  seus  últimos dias de  férias curtindo um de seus principais prazeres: caminhar sozinho pela mata fumando maconha e ouvindo Heavy Metal no celular,e é claro,com fones de ouvido!
    Eram cinco horas da tarde. Nada de ruim havia acontecido,pelo menos ainda...”Só falta eu encontrar pela mata Jason Voorhees  empunhando seu facão sujo de sangue, diretamente do além, cheio de ódio,louco para saciar seus instintos sanguinários comigo...Não duvido muito...” ‘Viajava’ nas idéia,quando notou alguma coisa entre as árvores.
   Aproximou-se por trás de umas árvores e avistou um homem chorando aparentando uns 30 anos, negro, de estatura mediana e magra, preparando-se para se enforcar. A corda  estava amarrada no alto de uma árvore e ele já estava em cima de um tronco no chão abaixo da árvore,ajeitando a corda no pescoço.Pensou consigo mesmo se deveria ajudar ou presenciar e filmar com o celular  a desgraça daquele indivíduo.Mas por que aquele homem estava prestes a dar cabo a própria vida? Como diz uma frase de Francesco Orestano”O suicídio demonstra que na vida existem males maiores do que a morte”! Aquela alma doentia estaria querendo fugir de algo que a atormentava e por isso estaria a procurar nos braços da morte, a redenção de seus tormentos e sofrimentos que a mantinha refém na obscura prisão de sua mente doentia?Talvez fosse um azar tentar descobrir, mas também tinha a possibilidade de uma boa ação, que faria com que aquela pessoa refletisse mais sobre sua vida e a faria desistir de tal ato sem volta.
    Na hora exata para o ato, Alex decidiu agir e impediu que aquela alma atormentada partisse desse mundo sem dar uma chance a si mesmo.
     O cara com tendência ao ato do suicídio bate com a cabeça numa raiz exposta e perde a consciência por alguns segundos, tempo suficiente para Alex desamarrar a corda da árvore.
    Ao recobrar a consciência, o sujeito de nome Kurt, sim mesmo nome do vocalista e guitarrista da banda Nirvana que se suicidou em 1994 com um tiro na cabeça, pergunta a Alex:
  -Por que você fez isso?Estou tentando me libertar de alguns impulsos demoníacos que me atormentam, e aí aparece você e estraga tudo...
  -Calma cara... relaxa! O suicídio não é a solução para nossos problemas!
  -Você não sabe nada do que se passa na minha cabeça...
  -Calma amigo. Estou tentando te ajudar,se abra comigo,talvez eu possa te ajudar.
  -Se me deixasse morrer, estaria ajudando muito.
  -Sim, mas não era para ser. Fique calmo.Tenho um baseadinho feroz aqui comigo,tu curte?
   -Opa, claro que sim amigo. Acende ai então—e estendendo a mão para cumprimentar Alex,continuou—Meu nome é Kurt,acho que agora vou ficar mais calmo.
    -Ta vendo! A vida não é tão ruim assim!
    -É... mas para mim as coisas boas,são proibidas!
    _Senta aí, vamos trocar idéia.
    -Na verdade amigo, tem um monstro demoníaco preso dentro de mim, e para destruí-lo, preciso me matar!
    -Mas como assim? Ele é tão indomável assim?Hahahaha...
   -Não ria... estou falando muito sério!
   -Já sei. Não vai dizer que você é um lobisomem?
   -Pior que isso... muito pior mesmo...
   -“Vixe, tu é louco”... Mas pode se abrir cara...
   Após um longo silêncio, por fim Kurt desabafou:
    -Na verdade eu sinto um tesão incontrolável por crianças...
   -Nossa! –Alex ficou perplexo, sem palavras e com certa repulsa. Sabia que estava diante de uma pessoa totalmente doente da cabeça,mas mesmo assim continuou ouvindo.
   -Eu vejo crianças, e esse monstro maldito preso dentro de mim domina minha alma. Mas ainda sou mais forte e mantenho o juízo...Me masturbo compulsivamente vendo fotos em sites proibidos da internet,ou mesmo com lembranças de crianças que vejo por aí...Eu sei...me sinto um lixo,e por isso quero acabar com isso,pois sei que não vou agüentar me segurar por muito tempo.Estou perdendo minhas forças,meu autocontrole está se deteriorando aos poucos...
   -Mas você já estuprou alguma criança?-perguntou Alex.
   -Não. Ainda não.-para alívio de Alex que provavelmente perderia a cabeça e talvez até cometesse um assassinato.- mas já acariciei minha sobrinha...quase,foi por muito pouco...
   -Cara... você deveria procurar ajuda de um psicólogo!Você sabe como são vistos os pedófilos na sociedade e principalmente na cadeia neh?
   -Sim claro. Mas acho que só a minha morte resolveria. Estou até fazendo um favor para a humanidade!Veja. -retirou seu pênis completamente rígido da calça e continuou- Só de falar em crianças,meus instintos malditos ficam aguçados!Imagine uma criança sendo minha vítima... veja o tamanho e a grossura deste pênis...eu não tenho culpa...é mais forte do que eu!
   -cara, guarde isso... Existe tanta mulher por aí.Mulheres gostosas e muitas delas fáceis,basta saber trocar uma idéia legal e tal...
    “Se arrependimento matasse, eu estava morrendo agora”, refletiu Alex. ”Esse cara não pode ficar em sociedade...ele é perigoso.Deveria tê-lo deixado morrer...Eu vou acabar matando ele aqui mesmo,mas como?Vou enforcá-lo com essa corda que ele iria se matar...”
   -Mas eu sei que você está pensando. -Desafiou Kurt.
   -O que? Diga... -perguntou Alex.
   -Estou vendo em seu olhar, o ódio que está sentindo por mim e quer me matar não é?
   -Bom... é difícil ouvir o que você disse e não se revoltar...É chocante e totalmente nojento...Eu nunca tinha ouvido alguém dizer isso,nem na ficção!
-Claro, eu odiaria ouvir alguém dizer isso. Mas é claro,parece fácil,pois não é você que está na minha pele.Se você não estivesse aqui,uma hora dessas eu estaria morto e livre desses meus instintos.Estaria em paz...Mas tente me matar...mate me por favor...acabe com tudo isso.Livre as crianças da minha existência!
  Olho no olho! Silêncio total. A natureza em geral silenciou-se. Os passarinhos fizeram silêncio, e até o vento que batia na folhas paralisou naquele momento.Um ar quente se fez presente,e o suor escorria de ambos os rostos.
  O destino de muita gente dependia daquele momento.
   O silêncio é quebrado. Kurt é quem toma uma iniciativa, retirando do bolso um canivete portátil, vindo a ferir fatalmente Alex na barriga.
    -Talvez eu seja necrófilo também...
    E por alguns segundos, Kurt ficou observando Alex agonizando no chão, até dar o último suspiro vital.
    Era a última sexta feira 13 de Alex, que Vergonhosamente também teve seu cadáver estuprado pelo psicopata.
    Uma criatura doentia, com desejos a flor da pele, está de volta ao convívio social. Aquela mente cheia de desejos sexuais por crianças estava a solta...um monstro que precisa se satisfazer.Que precisa ser assassinado.
     “Ele pode ser qualquer pessoa. Ele pode estar em qualquer lugar, pois ele pode vir de qualquer lugar.”



                                          FIM

domingo, 25 de agosto de 2013

IN DOMINE SATHANA

Trovões, relâmpagos e ventos selvagens e frios. Muito frio,intenso de congelar a alma.Gritos de desespero,misturados com gritos selvagens,que vociferavam blasfêmias.
Eliza sentia seu corpo sendo castigado por chicotes que rasgavam sua carne.
O sangue escorria por seu corpo inteiro. Ela estava nua,carregava uma pesada cruz e em sua cabeça havia sido posta com violência,uma coroa de espinhos,que mau cabia em sua cabeça,causando dolorosos ferimentos.
Seus torturadores não eram humanos, e sim demônios com trajes típicos dos romanos. Os mesmos  da época em que Cristo fora castigado e morto.Eliza estava revivendo toda a agonia de Cristo. Ela seria castigada como Cristo e em seguida crucificada. O sofrimento era intenso e a chuva que começava a cair, lavavam seus ferimentos.
Ela desejava a morte. ”Temida morte,maldita seja,vinde a mim e me livrai me de todo este sofrimento...onde está você”. Ela suplicava pela temida morte que agora era seu desejo mais ardente...
A sua frente lá estava ele. O grande general dos demônios,Satã em sua forma quase humana,cabeça de bode cadavérica e podre,grandes chifres arqueados e seus olhos faiscavam as chamas perturbadoras do inferno.Seu grande pênis estava ereto ejaculando esperma que  ao cair e entrar em contato com o chão,se transformavam-se em espectros demoníacos,que rodopiavam no ar.
Aqueles demônios seriam esporrados dentro dela... Satã iria castigá-la com seu tesão impuro e infernal,antes de ser crucificada!
Ela ainda encontrava forças para gritar, mas ela sabia que eram inúteis, pois no inferno, o único prazer é o sofrimento, diferente das dores sentidas pelo corpo, que abriga nossa alma nesse plano terreno. As dores são da alma,e elas são eternas,muito além do que o corpo pode sentir,em suas piores dores possíveis.As dores do corpo são amenizadas com a morte! Mas no inferno não existe a morte!
Um demônio pequeno se entrelaça por trás de Eliza, arranhando suas costas com as unhas dos pés, rasgando a carne como golpes de facão, enroscando suas unhas nos ossos da espinha dorsal. Ela grita,a dor é terrível e indescritível. Satã se aproxima com seus pênis e enfia metade na boca da garota, que sente o esperma diabólico descendo pela garganta. Ela cai ao chão ao lado da cruz,ficando inconsciente por alguns preciosos segundos,mas é desperta por dores terríveis na barriga,que agora tinham o aspecto de gravidez.
Ela nunca havia sentido as terríveis dores de um parto. Sim, ela estava parindo um demônio.
Um constante balanço entre dor agonizante e fortalecimento eram sentidos, pois ela não agonizava apenas dores, seu corpo lutava bravamente contra elas. Ela sentia-se forte,porém as dores iam muito além,mais fortes e intensas.Dores intensas na alma,que sangra sem encontrar a morte.No mundo físico a morte é um consolo e fim do sofrimento,porém,onde Eliza se encontra,a morte é um breve revigoramento,para continuar sofrendo no mesmo instante seguinte.
Para entender melhor, é como uma serpente imortal devorando a si mesma pela cauda. Ao final ela renasce de seu próprio interior e tudo se repete,pois ela é imortal,condenada a nunca conhecer a morte,como a conhecemos.É como o conhecimento oculto adquirido...
As imagens infernais perante seus olhos são as mesmas. O bebê demônio rasga sua vagina, pois ele quer nascer para continuar o caos infernal de seu pai Satã. Será que todo aquele horror iria agora ter fim? O bebê diabólico trouxe consigo, das entranhas de onde foi rapidamente gerado, o coração de sua própria “mãe”, que foi entregue para Satã, que pegou o coração e comeu e, mastigando vociferou para Eliza, sedada pela maldição de todo aquele horror. ”Você se entregou a mim de coração e alma...eu possuí sua alma pelo poder de Pazuzu ...sua alma que vagava por Mohara, vale dos prazeres,principado cuja energia não é suportada pela fragilidade dos humanos,pois tem a força regida  das  7 Trevas...Que assim seja,Cadela amaldiçoada, abaixo do meu supremo Nome . Seu orgasmo profano te deixou vulnerável. O orgasmo eleva a divindades do prazer impuro até meus domínios”!!!!!!

                                     * * *

Era sexta feira santa, Eliza bebeu sozinha duas garrafas de Whisky Johnny Walker,e se masturbou  várias vezes com um vibrador grosso e grande, confeccionado em forma de crucifixo. Aquele vibrador lhe dava mais prazer do que um homem.Era divinamente impuro aquele seu romance com Cristo,pregado naquela cruz feita de silicone.Cristo era seu amante, e tesão e ódio andavam juntos!
Ela gostava disso. Aprendeu a cultivar a solidão e o prazer sozinha, na misantrópica arte de se entregar ao encanto maligno dos mistérios de sua mente pervertida e profana. Ela gozou várias vezes naquele dia,trancada na penumbra de seu quarto sombrio,até entrar num profundo coma alcoólico.Ela estava entre a vida e a morte,ao menos que alguém a salvasse a tempo,mas quem? Ela era linda e gostosa, porém, uma mente insana, misantrópica, profana.
Entre a vida e a morte. Entre a vida e o inferno! Seu corpo ainda vive,mas sua alma agoniza e grita no inferno... Seus gritos nunca serão ouvidos por ninguém. Seu corpo inerte,logo se tornará um cadáver.
Uma mulher de pele macia, cabelos negros como sua alma, e tatuagens onde o tema maligno e macabro predominava 666%%.
Seu coração pulsava enfraquecido, mas sua alma estava aprisionada nas maldições do inferno, de onde sua alma pecadora jamais irá se libertar desse pesadelo real... Nunca.........

                                                                                FIM

AUTOR;WILLIAN DANIEL MACHADO
CONTO: IN DOMINE SATHANA

DATA:25/08/2013